Jovens até 30 anos podem continuar a receber 35% do subsídio ao voltar a trabalhar
O Governo português lançou uma medida inovadora para apoiar o emprego jovem: o Incentivo ao Regresso ao Trabalho Jovem (IRT Jovem).
Criado pela Portaria n.º 336/2025, publicada a 7 de outubro de 2025, o programa permite que jovens com menos de 30 anos continuem a receber até 35% do subsídio de desemprego após aceitarem um novo emprego a tempo completo.
É a primeira vez que o subsídio de desemprego passa a funcionar como incentivo à empregabilidade, e não apenas como compensação pela falta de trabalho.
Como funciona o incentivo
O apoio é pago diretamente pelo IEFP e não tem custo para o empregador.
O valor varia conforme o tipo de contrato:
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35% do valor do subsídio de desemprego para contratos sem termo (efetivos);
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25% do valor do subsídio para contratos a termo, com duração mínima de 6 meses.
O pagamento é feito mensalmente, durante o período restante de direito ao subsídio (ou até ao fim do contrato).
Exemplo prático – A Ana voltou a trabalhar
A Ana, 26 anos, era beneficiária de 700€ de subsídio de desemprego e aceitou uma proposta de trabalho com remuneração mensal de 1.000€, mantendo ainda direito a quatro meses do subsídio remanescente.

Conclusão: a Ana regressa ao trabalho com mais rendimento líquido e estabilidade financeira, sem que o empregador suporte qualquer custo adicional.
Quem pode beneficiar
Para aceder ao incentivo, é necessário:
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Ter menos de 30 anos;
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Estar inscrito no IEFP e a receber subsídio de desemprego;
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Celebrar um contrato de trabalho a tempo completo, com duração mínima de 6 meses;
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Submeter a candidatura online em até 30 dias após o início do contrato;
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Exercer a atividade em território de Portugal continental.
Porque esta medida é relevante
O IRT Jovem é mais do que um incentivo: é uma nova lógica de política pública que recompensa o regresso ao trabalho.
Com esta medida:
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O trabalhador aumenta o rendimento mensal;
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As empresas reduzem riscos na contratação;
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O Estado investe na produtividade em vez do desemprego.
Trabalhar e continuar a receber o subsídio de desemprego já é uma realidade para os jovens até 30 anos.
O IRT Jovem representa uma mudança estrutural nas políticas de emprego em Portugal — incentivando o regresso ao trabalho e o crescimento económico.
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